6 mitos sobre Business Agility

6 mitos sobre Business Agility

Mitos Business Agility

Nos últimos meses cada vez mais o termo Business Agility se torna presente em artigos especializados, eventos, relatórios e redes sociais. Neste contexto, é muito comum vermos profissionais opinando sobre o tema com o mesmo conhecimento e responsabilidade que os especialistas de almoço de domingo (tios, avôs, sobrinhos, filhos), discutiam vacina durante a pandemia de COVID-19. Como tudo que se torna popular, Business Agility também tem uma curva de aprendizado e durante tal surgem os mitos. Neste post vamos trazer 6 mitos sobre Business Agility:

  • Eu já tenho isso, “uso a metodologia ágil” há anos: você e/ou sua organização pode estar utilizando Scrum e Kanban há anos e sem dúvida podem estar alcançando resultados melhores aos que teriam caso não estivesse, mas não significa que tenham alcançado Business Agility (Agilidade nos Negócios). Na minha experiência, na maioria das vezes quando avaliamos as cadeias e/ fluxos de valor da companhia a realidade é totalmente diferente. Ineficiências e/ou ausência de consciência sobre os investimentos e retornos, cadeias e gargalos operacionais não identificadas ou mapeados, silos operacionais etc,  ou seja estamos “fazendo ágil” invés de “sendo ágeis”.
  • Business Agility é moda: a agilidade provou gerar resultados e existem vários cases disponíveis que mostram isso. Não seria nada audacioso afirmar que no atual cenário de mercado aplicar os conceitos de Lean-Ágil não é uma opção para empresas que querem sobreviver. Contudo não é incomum tomadores de decisão céticos quanto aos benefícios da agilidade muitas vezes por simples falta de conhecimento acreditando que “trata-se de uma moda que vai passar”.
  • É só seguir esta receita, método, processo: na contramão do item anterior, não é incomum encontrarmos “especialistas em agilidade” vendendo a fórmula do sucesso em livros, palestras e redes sociais. Business Agility é uma jornada de processo adaptativo na qual a identificação de falhas e aprendizado contínuo é parte crucial do processo e isso leva tempo. Entender e respeitar a cultura organizacional e as pessoas que a compõem é mandatório aqui. O que deu certo em uma empresa não necessariamente servirá para outra.
  • Business Agility é apenas para TI ou Desenvolvimento de Produtos: agilidade é mais conhecida por beneficiar algumas funções em comparação com outras e este pensamento baseia-se na amotra dos cases mais exaustivamente estudados. Nos dias de hoje, inúmeras organizações (98% que compõem o Fortune 100), já experienciam os benefícios dos princípios e práticas Lean-Ágil em outras partes da organização. Muitas vezes a integração dessas “outras partes não TI”  são fatores vitais para evoluir o fluxo de valor e o senso de Customer Centricity da organização.
  • Agilidade é sinônimo de velocidade: a implementação de técnicas ágeis muitas vezes carrega uma expectativa de entregas mais rápidas de quem a patrocina. O ponto crucial aqui seria: mais rápida em comparação à que? As práticas e princípios ágeis trarão maior transparência à todos o processo, métricas mais confiáveis, aumento de qualidade dos entregáveis, diminuição de desperdício, melhor engajamento da equipe, atração de melhores talentos e mais uma longa lista de pontos positivos à organização. Todos esses pontos são potencializado principalmente pela adaptabilidade baseada em feedback e/ou possibilidade de tomada de novos rumos pela organização de forma não traumática. Se a composição da entrega na pergunta anterior contem esses fatores, a resposta para a pergunta seria sim e com ritmo sustentável. 
  • Transformações ágeis leva 6 meses: por fim um dos maiores muitos que está circulando é que as organizações podem ser transformadas em apenas 6 meses. Muitas vezes esse mito tem como fundação outro mito já citado anteriormente: “é só seguir essa receita”. Isso não é uma realidade. Os resultados iniciais de uma implementação de um método/prática lean-agile certamente podem ser observados em 6 meses ou até menos. Porém, uma jornada Business Agility não levará menos de 1-3 anos, dependendo da complexidade e tamanho da empresa, para de fato impactar itens estratégicos, como processo de Budget, estrutura de centro de custos, aprovação de iniciativas, System Thinking em nível estratégico, modelos de contratos, refinamento de cadeias de valores com integração, mapeamento e métricas de resultados financeiros etc. 

Uma jornada Business Agility é um processo que exige paciência. A organização, precisa avaliar suas necessidades, expectativas de benefícios, desafios, histórias de sucesso, cultura atual e desenhar um plano transformacional. Tal plano, no melhor estilo de agilidade precisa contemplar a adaptabilidade através de experimentação e feedback.

Neste post trouxemos 6 mitos sobre Business Agility. Esses são os mais comuns que tenho observado, mas existem vários outros. Não caia neles!

Cleber R. dos Santos

Líder de TI orientado a resultados, com experiência relevante liderando, do design à implementação, grandes iniciativas de transformação digital e excelência operacional em diferentes indústrias, fomentando inovação, automação de processos, otimização de custos e alinhamento das estratégias de TI às metas de negócios. Agente de mudança atuante junto à alta liderança das companhias na adequação da estratégia de TI para obter melhorias de processos, mudança cultural e maximização de resultados de negócios, e gerenciando/facilitando equipes onshore e offshore para obtenção de tais resultados colaborando em todos os níveis organizacionais. Apaixonado por aprender e implementar as melhores técnicas de administração para auxiliar profissionais e organizações na obtenção de sucesso em seus empreendimentos estabelecendo um ambiente que possibilite uma jornada agradável e prazerosa para todos. Especialista em abordagens tradicionais, ágeis e híbridas de gestão de TI, com vasta experiência na utilização dos princípios e técnicas Lean-Agile para estruturação de equipes, iniciativas e ambientes organizacionais otimizados para inovação e entrega de resultados usando SAFe, SCRUM, Kanban, DAD e DevOps, trazendo a mentalidade startup à organizações de TI estabelecidas e promovendo a agilidade comercial. Experiência comprovada em gerenciamento de operações de TI, governança de TI, gerenciamento de serviços, desenvolvimento de software, entrega de produtos, inovação, gerenciamento de mudanças, gerenciamento de projetos e programas, PMO, iniciativas de transformação digital. ► Especialidades: » Transformação digital, inovação e Business Agility » Gestão de projetos, programas, portfólio e escritório de projetos PMO » Modelos tradicionais, ágeis e híbridos de gestão » Desenvolvimento e integração de sistemas de TI, em diferentes plataformas » SAFe, DevOps, Lean, Scrum, Kanban, Extreme Programing e DAD

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