Team topologies maximizar a entrega de valor em sua organização
Team Topologies: maximizar a entrega de valor em sua organização
Em um cenário de negócios cada vez mais competitivo, a capacidade de entregar valor de forma eficiente e consistente é crucial para o sucesso de qualquer organização. No entanto, a dinâmica do mundo e consequentemente as variáveis que fundamentam cada negócio está mudando rapidamente, e as equipes precisam ser capazes de se adaptar às necessidades em constante evolução. A estruturação e organização das equipes, conhecida como “Team Topologies”, é uma abordagem crescente para maximizar a entrega de valor em sua organização.
No livro “Team Topologies” de Matthew Skelton e Manuel Pais, os autores exploram os diferentes tipos de topologias de equipes e como tais topologias podem ser utilizadas para maximizar eficiência, produtividade das equipes. Neste post, vou descrever as topologias de equipe citadas, os modelos de iterações e insights fornecidos por Skelton e Pais em seu livro. Seja você um gerente procurando construir uma equipe mais eficaz ou um membro de equipe procurando entender como performa melhor em seu time, espero ajudá-lo a atingir seus objetivos e/ou ao menos a iniciar na jornada de conhecimento/implementação de Team Topologies em sua empresa.
Evitando as Armadilhas da Lei de Conway
A Lei de Conway ou Conways’s Law como é mais conhecida, afirma que a estrutura de um sistema de software reflete a estrutura de comunicação da organização que o construiu. Em outras palavras, a forma como uma equipe é organizada e a forma como eles se comunicam terá um impacto direto no design do sistema de software que estão construindo. É importante considerar isso ao pensar em topologias de equipe, pois a maneira como as mesmas são estruturadas pode ter um impacto significativo na qualidade e capacidade de desenvolvimento, evolução e manutenção das soluções que estão criando.
Uma potencial consequência das organizações se concentram demais na estrutura de equipes e hierarquias e não o suficiente no valor que estão entregando, são empresas atoladas em discussões políticas, procedimentos internos e burocracias ineficientes. Isso pode levar a atrasos na entrega de software e falta de foco nas necessidades dos usuários finais.
A abordagem Team Topologies recomenda o uso da abordagem “Reverse Conway” para conduzir sistemas de software que se alinham ao fluxo valor atendendo à pressão de mudança de negócios, produzir arquiteturas de sistemas de software sustentáveis e informar e orientar o desenvolvimento de plataformas internas e componentes complicados de subsistemas.
Introdução às topologias de equipe
Para começar com Team Topologies, a primeira etapa é identificar os tipos de equipes que você possui atualmente em sua organização. Isso inclui entender as características e funções únicas de cada equipe e como elas se encaixam na estrutura geral da empresa.
Em seguida, é importante entender e adequar as equipes de tecnologia aos tipos fundamentais de equipe descritos pelo Team Topologies. Isso inclui:
• Stream-aligned teams ou equipes alinhadas ao fluxo, organizada em torno do fluxo de trabalho e tem a capacidade de entregar valor diretamente ao cliente ou usuário final, como um produto ou serviço;
• Complicated sub-system Teams ou equipes de sub-sistemas complicados, organizada em torno de subsistemas específicos que exigem habilidades e conhecimentos especializados profundos;
• Platform Teams ou equipes de plataformas, organizada em torno do desenvolvimento e suporte de plataformas que fornecem serviços a outras equipes;
• Enabler teams ou equipes habilitadoras, organizada para auxiliar outras equipes com capacidades especializadas para superar obstáculos, detectar e eliminar recursos ausentes e se tornarem proficientes em novas tecnologias.
Interações da equipe definidas
No livro Team Topologies, de Matthew Skelton e Manuel Pais, os autores se aprofundam nos diferentes tipos de interações de equipe que podem ocorrer dentro de uma organização. Eles identificam três modos principais de interação: Colaboração, X-as-a-Service e Facilitação.
A Colaboração é definida como equipes trabalhando juntas por um período de tempo definido para descobrir coisas novas, como APIs, práticas ou tecnologias. Esse tipo de interação é benéfico para a descoberta rápida, pois permite uma grande interação entre as equipes, o que gera mais ideias e facilita a inovação. No entanto, também pode levar a limites confusos entre as equipes, o que pode fornecer mais clareza para todos os envolvidos.
X-as-a-Service, por outro lado, é quando uma equipe fornece um serviço e a outra o consome. Esse tipo de interação requer pouca cooperação entre as equipes e o serviço deve ser prestado sem muita interferência da equipe prestadora. Se for necessária mais entrada, seria mais apropriado considerar um modo de colaboração.
Finalmente, a Facilitação ocorre quando uma equipe ajuda e orienta outra equipe. Isso se aplica principalmente a equipes capacitadoras e envolve o fornecimento de serviços de treinamento ou aconselhamento para ajudar as equipes a superar obstáculos.
5 etapas para implementar topologias de equipe com sucesso
Se você deseja adotar Team Topogies, conforme proposto por Matthew Skelton e Manuel Pais, as etapas a seguir podem orientar sua transição:
1 – Avalie suas equipes atuais e encaixe-as nas topologias de equipe:
A primeira etapa na implementação de topologias de equipe é entender onde você está atualmente. Faça um inventário de suas equipes existentes e como elas estão organizadas. Depois de ter uma imagem clara, comece a mapeá-los para os quatro tipos de equipes descritos em Topologias de equipe: alinhado ao fluxo, habilitação, subsistema complicado e plataforma. Isso o ajudará a reorganizar o trabalho e as interações entre as equipes.
A estrutura das Topologias de Equipe visa diminuir a carga de trabalho cognitiva de cada equipe, o que aumentará sua eficácia e qualidade geral de entrega. Para conseguir isso, crie uma cultura de confiança entre as equipes, atribua áreas de foco específicas para cada equipe e considere a separação de monólitos para dividir o foco cognitivo.
2 – Reduza a carga de trabalho cognitiva para cada equipe
Depois de ter uma compreensão clara das estruturas atuais de sua equipe, a próxima etapa é limitar a carga cognitiva de cada equipe. Isso pode ser alcançado fomentando uma cultura de confiança e alinhando as equipes para uma ou mais áreas de forma contínua. Também é importante limitar o tamanho dos subsistemas nos quais a equipe trabalha e fornecer uma plataforma subjacente para a equipe desenvolver.
3 – Evite a lei de Conway:
A Lei de Conway afirma que a estrutura de comunicação de uma organização se refletirá nos sistemas que ela projeta. Para evitar isso, use a manobra reversa de Conway, evoluindo sua equipe e estrutura organizacional para alinhar com sua arquitetura desejada.
4 – Identifique o melhor modelo de iteração para a sua equipe
Depois de reorganizar suas equipes, concentre-se em seus padrões de interação e encaixe-os nos modos Colaboração, X-as-a-Service e Facilitação descritos em Topologias de equipe.
5 – Evolua continuamente as estruturas da equipe
Topologias de equipe é um processo contínuo que requer monitoramento e ajustes contínuos. Esteja preparado para evoluir suas estruturas ao longo do tempo, especialmente quando novas tecnologias são introduzidas e podem afetar os fluxos de trabalho existentes.
Seguindo essas etapas, você pode aplicar os conceitos de Team Topologies equipe de maneira eficaz e melhorar o desempenho geral e a agilidade de sua organização.
Em conclusão, o conceito de Team Topologies é uma ferramenta valiosa para organizações que buscam melhorar o desempenho de suas equipe e maximizar a entrega de valor em sua organização. Compreendendo e implementando os diferentes tipos de topologias de equipe descritas no livro “Team Topologies” de Matthew Skelton e Manuel Pais, gerentes e membros de equipes podem melhorar o desempenho de suas entregas, evitar ineficiências e armadilhas da Lei de Conway concentrando na entrega de valor aos usuários finais, identificar os tipos de equipe que possuem atualmente e alinhá-los com modelos mais eficientes frente sua realidade de negócios, e, finalmente facilitar a colaboração e a comunicação eficaz dentro da organização.